domingo, 12 de abril de 2009

O significado da Páscoa

Estamos tão imersos na nossa realidade insana, correria do dia a dia, compromissos, trabalho, cuidar das contas, das coisas de casa, dos relacionamentos, que acabamos esquecendo o real valor e significado das coisas que celebramos todos os anos.

Eu me peguei na semana passada me questionando o que realmente era celebrado na Páscoa. Lembrava vagamente algo sobre vida nova, mas não lembrava o por que. Claro que lembrava também da Ressurreição de Jesus Cristo, mas sabia que havia um significado alem, que ja era celebrado antes de Cristo.

Então, para os que, como eu, estão em busca de saber o real motivo das coisas. Para os que questionam o por que de celebrarmos algo e que não o fazem só porque todo mundo faz, vai uma pequena sinopse sobre o que é a Páscoa.


Do hebreu Pessach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito. Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.


Para os cristãos, a Páscoa celebra a Ressurreição de Jesus Cristo (vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação.


Ha registros encontrados por historiadores que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.


Por fim, vale ressaltar que a Páscoa e o Pessach são eventos diferentes que não devem ser confundidos. Assumir o nome de Páscoa, que seria a tradução original de Pessach, para os eventos da Páscoa cristã, é algo razoavelmente confuso, que pode ter sido feito intencionalmente com a finalidade de substituir um grande evento da religião judaica por outro grande evento da religião católica. O que acontece é que a morte de Cristo acontece em 14 de Nissan, dia do início de Pessach. A última ceia de Cristo teria sido um Seder de Pessach.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Francarlos Reis (1941-2009)

O veterano ator/cantor/diretor Francarlos Reis, figura importante na cena teatral do país, morreu nessa quarta-feira em sua casa. A causa ainda não é conhecida.
Francarlos estava no elenco do musical "A Noviça Rebelde", em cartaz no teatro Alfa em SãoPaulo. Como Tio Max, sua performance era notável, como sempre, ganhando aplausos e risadas em cena aberta.
Em 2007 arrasou em "My Fair Lady", no papel de Doolittle, pai de Eliza. Na ocasião ele cantava, dançava e, mais que tudo, brilhava ao dar vida ao ‘picareta’ Alfred, um divertido bon vivant.
Conforme dizem seus colegas de elenco , ele era um ator generoso, que gostava de conhecer gente nova e jogar com a bola que estivesse disponível.
A temporada do musical A Noviça Rebelde não será interrompida. Francarlos será substituído por Dudu Sandroni.
Não listei os trabalhos realizados pelo ator, pois a lista é infindável nestes mais de 30 anos de carreira.

Rest in Peace!

Coitada de Brasília -Texto de Sylvia Fischer (APOIO!)

Coitada de Brasília, Oscar Niemeyer não gosta mais dela. Infelizmente, não dá mais para ignorar a realidade que aí está. Infelizmente, não dá para encontrar outra explicação para o estrago que o grande arquiteto federal vem fazendo, já há algum tempo, em sua principal obra, aquela que lhe rendeu suas mais altas honrarias, aquela que lhe garantiu uma posição ímpar no ranking dos arquitetos do século XX.

Tudo começou devagarzinho, primeiro a Praça dos Três Poderes sendo comida pelas bordas com o Panteão da Pátria, predinho sem graça e sem uso, verdadeira câmara escura que só serve para atravancar o espaço e impedir a vista… O Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral da República e o Anexo do Supremo vieram na seqüência, bem mais pretensiosos e ainda mais fora de escala, com suas formas gratuitas e suas metragens gigantescas - afinal, quantos mais metros quadrados, melhor o honorário…

E assim, de projeto em projeto, cada vez mais intervindo na escala monumental da cidade, cada vez mais rompendo a graça e elegância da Esplanada dos Ministérios, chegou a vez do Complexo Cultural da República, com sua nanica biblioteca - nanica, talvez, por conta de um inconsciente desinteresse por edifícios úteis - e sua cúpula-museu - nem tão cúpula assim, menos ainda museu. De quebra, a bela Catedral Metropolitana perdeu sua ambientação urbana e, para piorar, foi estrangulada pela gravata de concreto que lhe dá uma rampa sem rumo ou razão.

Há coisa de dois anos, uma robótica pomba - isto mesmo, uma pomba! - seria o principal elemento da praça que, segundo o arquiteto, estava faltando no Plano Piloto: a Praça do Povo. Repetindo a ausência de paisagismo do vizinho complexo cultural, a cidade iria ganhar mais um árido calçadão, mais um inóspito vazio onde desde sempre havíamos convivido sem maiores problemas com um modesto gramado… E lembremos o que fora previsto para o local por seu legítimo idealizador: um espaço desimpedido destinado a atividades ocasionais, como paradas militares, desfiles esportivos ou procissões; nas próprias palavras Lucio Costa, "o extenso gramado destina-se ao pisoteio…" ("O tráfego de Brasília", 1960).

Ao que parece, Oscar Niemeyer se esqueceu da sua dileta pomba, aquela que, como afirmara veementemente à época, deveria ser a sua derradeira contribuição para Brasília e sem a qual o seu *opus* brasiliense estaria inconcluso. E parece que se esqueceu também do "povo"; agora, no mesmo local a praça será da "soberania". Lá deverá ser erigido um prédio imprescindível, seja para o povo, seja para a soberania: o Memorial dos Presidentes. E um Monumento ao Cinqüentenário de Brasília, a ser comemorado em 2010; para que ninguém deixe de entender a sua complexa simbologia, nada melhor do que um chifre de concreto, de cem metros altura, descrito como obra de grande ousadia tecnológica… Tanta construção apenas para encobrir um estacionamento subterrâneo… De quebra, na maquete eletrônica (incidentalmente, o novo tipo de empulhação arquitetônica que nos oferece o maravilhoso mundo da informática) é contrabandeado um antigo projeto vetado pelo IPHAN por desrespeitar em muito o gabarito estabelecido legalmente para o local - uma altíssima cobertura curva para abrigar shows de música popular, a qual implacavelmente lembra "as curvas do corpo da mulher amada", só que com redondinhos seios de silicone e já buchuda.

Coitada de Brasília. Afinal, apesar de tombada, há uma portaria do IPHAN que autoriza tudo isso: Excepcionalmente, e como disposição naturalmente provisória, serão permitidas quando aprovadas pelas instâncias legalmente competentes, as propostas para novas edificações encaminhadas pelos autores de Brasília - arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer - como complementações necessárias ao Plano Piloto original … (Portaria nº 314, 8/10/1992, Art. 9º, § 3º ).

Tal qual o bordão de uma famosa personagem de programa humorístico, "*Oscar Niemeyer pode!!*"

Coitada de Brasília. Para Oscar Niemeyer, ela está aí tão somente para manter ocupado o seu escritório sem risco de concorrência. Coitada de Brasília, cujo plano piloto foi escolhido transparentemente por concurso público, agora sujeita a decisões tomadas nos gabinetes de seus governantes.

Coitada de Brasília, fadada a ser conhecida daqui por diante não mais como Patrimônio Cultural da Humanidade, porém como Capital Mundial dos Unicórnios…

Sylvia Ficher é arquiteta, doutora em história e professora da Universidade de Brasília

TAG - Arte urbana exposta no Grand Palais de Paris

"O grafite é uma arte efêmera. Quis fazer uma coletânea de obras e protegê-las do tempo"

Alain-Dominique Gallizia

Pela primeira vez uma exposição de grafites é realizada em um dos mais importantes museus da França. 300 obras de 150 grafiteiros dos quatro cantos do mundo (inclusive Brasil) são expostas em uma galeria do Grand Palais em Paris.

Durante 3 anos o arquiteto francês Alain-Dominique Gallizia pediu a grafiteiros do mundo todo para criar obras sobre o tema AMOR, sempre nos formatos de duas telas de 60cm de altura por 1.80 metros de largura cada.

A mostra TAG (que significa grafite em francês) exibe os trabalhos que integram a coleção do arquiteto.

A coleção reúne os maiores nomes da arte do grafite, desde os fundadores do movimento, há 40 anos, em Nova York, a artistas contemporâneos de variados países como o Irã, China, Brasil, Islândia e do continente africano.

Para os que pensam que é uma quebra de paradigmas grafites expostos em um monumento histórico, símbolo do patrimônio francês, vale lembrar dos tempos de vanguarda do Grand Palais, no inicio do seculo XX.

A exposiçao apresenta artistas emblemáticos do universo do grafite, a maioria americanos, hoje com 50 ou 60 anos de idade. Entre eles, Toxic, que foi amigo de Jean-Michel Basquiat (famoso grafiteiro nascido no Haiti que se tornou artista plástico), o também americano Seen, pioneiro do movimento, além de Rammellzee.

A mostra TAG fica em cartaz no Grand Palais, em Paris, até o dia 26 de abril.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Explosão de Cores









O fotógrafo Alan Sailer realizou uma série de imagens que retratam o exato momento em que um projétil acerta objetos como um vaso cheio de tinta vermelha, frutas suculentas e bolas da água.

Achei simplesmente fantásticas a forma que as cores se configuraram!

Foram feitos pequenos ajustes no flash e no obturador da câmera fotográfica (uma Nikon D40) para capturar o efeito provocado pelos tiros disparados pelo artista a partir de um rifle de ar comprimido. Sailer diminuiu o tempo de exposição do flash de um milésimo de segundo para um milionésimo para que fosse possível capturar a imagem em câmera lenta.

Adorei também a parte de explodir as coisas! Rs.

A NOVIÇA REBELDE

Há duas semanas estreiou em São Paulo a montagem brasileira do clássico musical " A Noviça Rebelde". Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro (inclusive venceu a categoria especial do Prêmio Shell de teatro do Rio. ), o musical veio com tudo para a capital paulistana. Em cartaz no teatro Alfa, a produção conta com uma estrutura muito boa de cenário e iluminação. O elenco sofreu algumas alterações, principalmente o elenco infantil.
Eu particularmente amei a peça pois me levou a uma viagem à minha infância. Os números com os pequenos artistas são fantásticos, pois possuem uma ótima sintonia com Maria, muito bem interpretada por Kiara Sasso, e claro, cantam lindamente!
Os números cantados pelas freiras são uma delícia para os apreciadores de música com qualidade vocal, sendo que um dos pontos altos do espetáculo é o solo da Madre Superiora, interpretado por Mirna Rubim (que alterna o papel com Vera do Canto e Mello), Sobe a Montanha (Climb Every Mountain).
Dirigido por Charles Möeller e Cláudio Botelho, conta com 19 crianças e adolescentes no elenco, além do elenco adulto, que inclui os atores Kiara Sasso e Saulo Vasconcelos como Maria e George Von Trapp, além de Fernando Eiras como o tio Max.
O espetáculo está em cartaz no Teatro Alfa, ficará em cartaz até o dia 02 de agosto e os ingressos custam entre 40 e 180 reais. A classificação etária é a partir dos 5 anos.
Curiosidades: a primeira vez que A Noviça Rebelde estreou no teatro foi em 1959 na Broadway e o título em inglês é “The Sound of Music”.
Diversão garantida!
Ingressos aqui
http://200.170.193.178/ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=5553

Cozinha de Vanguarda: Ovos de Páscoa Fashion

Tem algumas coisas que eu acho incríveis. O ser humano já está com seu processo criativo tão saturado que começa a partir para a atribuição de conceitos e filosofia à itens banais de produção em série. Tudo bem que isso não é novidade na nossa história, mas eu me questiono se vale adquirir uma um ovo de páscoa como obra de arte, sendo que é constituido de um material perecivel e totalmente suscetível às mudanças climáticas (sua obra de arte pode derreter, por exemplo). Eu realmente me questiono sobre obras de artes que são efêmeras.
Neste caso, o chocolate perde sua função... Eu ia ficar com dó de comer... Vocês não iriam?
BBC Brasil http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2009/04/090407_pascoafashionml.shtml